Fragmentos de Sabedoria para nossos dias !

Quinta-feira, 6 de Janeiro de 2011
A IGREJA COMO OBJECTO DE CONSUMO !


 

Segundo uma pesquisamostra que o povo está tratando a religião como objecto de consumo: "adere a uma igreja segundo necessidades de momento, podendo mudar de crença de acordo com suas contingências".

Há dois factores que devem ser levados em conta aqui.
O primeiro factor é o tipo de oração que fazemos hoje.
Cada vez mais oramos por motivos egoístas e consumistas e, não, por virtudes e vitória sobre a tentação.
Embora o problema venha desde os tempos apostólicos, todos estão enxergando a generalização e o agravamento da questão.
Pregadores de grandes auditórios e uma boa quantidade de livros estimulam essa prática, enquanto Tiago afirma categoricamente: “Quando [vocês] pedem, não recebem porque pedem mal, pedem coisas para usá-las para os seus próprios prazeres” (Tg 4.3).
Todavia uma boa parte dessas orações são como as orações dos pagãos a seus deuses.
Não pedimos a Deus coisas que nos fariam luz do mundo e sal da terra, como amor, paciência, espírito de perdão, sabedoria, humildade, pureza, ousadia, generosidade, mansidão, fé e poder espiritual.
Essas são, na verdade, as nossas maiores necessidades.
E, além do lucro pessoal, essas virtudes ajudam a trazer o reino de Deus a terra.

O segundo factor é a assustadora evidência da paganização do cristianismo e a busca de “santuários poderosos”.
Se num centro espírita consigo me comunicar com os mortos e se ali obtenho cura para minha enfermidade, nada me impede de trocar o catolicismo pelo espiritismo.
Se em Aparecida consigo uma graça mui desejada e até hoje negada em outros lugares de peregrinação, daqui para frente irei sempre a Aparecida.
Se numa igreja carismática pentecostal me livro de meus pesares, por que não deixar a igreja tradicional?
Se na Igreja Neo pentecostal há mais milagres do que na Igreja Pente costal, por que não me transferir para lá?
E se a Igreja Pente costal tornar-se mais poderosa que a Igreja Neo pentecostal, o que me impede de voltar para a lá?
A igreja que oferece mais será a minha igreja — argumentam muitos novos e alguns velhos cristãos hoje em dia.
É o cristianismo como objecto de consumo !


publicado por Luis Paim às 17:30
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Segunda-feira, 1 de Novembro de 2010
31 de OUTUBRO Dia da REFORMA.

O calendário marcava o dia 31 de Outubro do ano de 1517, véspera do feriado de Todos os Santos.

Na entrada da imponente Igreja do Paço, na cidade Wittenberg, situada bem no centro da Alemanha,

um homem de estatura média, vestido em trajes de monge, aparentava um pouco mais de 30 anos, fixava

algumas folhas de papel na tábua do portal destinada a anúncios académicos.

Os transeuntes, não pareciam ligar muito para atitude do monge; alguns o conheciam, sabendo que se

tratava do professor e padre Martim Lutero, docente de Estudos da Bíblia na universidade recentemente

fundada em Wittenberg: Devia ser coisa de padre ou de professor.

Para os que estavam mais por dentro, talvez tenham entendido logo que o professor estava fixando naquela

tábua uma série de teses teológicas, desafiando os colegas docentes e os estudantes a discutirem com ele as

colocações feitas nas teses, numa data previamente marcada. Sabia-se que elaborar teses e defendê-las em

ambiente acadêmico era direito e dever de cada professor da universidade.Era o que estava realmente acontecendo:

o professor Martim Lutero acabara de expor ao público as 95 teses sobre uma prática comum da igreja de então:

A prática de concessão de indulgências, isto é, do perdão de punições da igreja.

Alguns meses antes, Lutero já havia mandado cartas a 2 bispos relacionados com aquela prática.

Como os bispos nem haviam respondido suas cartas, ele resolvera via a público.

As teses sem demora forma copiadas por leitores entusiasmados, e logo passaram a ser impressos e multiplicadas

pelas máquinas que Gotemburgo tinha inventado 70 anos antes.

No decorrer de 2 meses, a Alemanha foi inundada por milhares e milhares de exemplares daquele escrito

evidentemente revolucionário. Mais 2 meses, e traduções das teses para outras línguas europeias tinham sido

espalhadas em todos os recantos do continente.Parece uma coisa improvável: Uma série de teses acadêmicas,

no decorrer de algumas semanas se transforma em assunto de conversa tanto do povo nas ruas, como também dos

nobres nos palácios e dos teólogos nos templos e nos mosteiros!Como muitos teólogos, Martim Lutero discordava de

algumas práticas eclesiásticas difundidas no clero e no povo. Mas entendia que o papel da teologia era justamente de

fazer valer a verdade expressa na Bíblia e nas boas tradições da igreja, ajudando o papa a manter a igreja no caminho

certo. Ele próprio havia jurado fidelidade á Bíblia, ao ser investido com o doutorado em Teologia, e estava decidido a

cumprir o juramento, a serviço de Deus e a igreja. Assim ele resolveu enfrentar a prática de certos pregadores, que

vinham alvoroçando o povo com suas pregações interesseiras e inescrupulosas. Ele na era o único a condenar a actividade

dos que apregoavam as “indulgências”, mas era o único teólogo que decidiu abrir a boca e voltar-se com a decisão contra

uma prática que sabia incompatível com o Evangelho de Jesus Cristo. Aquele ato nada extraordinário do monge Martim Lutero,

viria a desencadear uma avalanche sem precedentes na história espiritual, cultural, social económica e política da Europa,

como também em grande parte do mundo de então.

Abalaria a Igreja Católica, desencadeando o movimento da Reforma.



publicado por Luis Paim às 16:07
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